segunda-feira, 17 de setembro de 2007

O limiar da quebra

Constatação, sensação pura, erro, paranóia, não sei bem o que é isso. Mas algo em mim se faz presente. Quando tudo está bem é que na verdade parece não estar. Duvido constantemente de uma harmonia uníssona que dure. Será isso também uma espécie de pessimismo? No mar calmo dos fatos, onde tudo parece parado - e que realidade é essa onde está tudo parado?- está sempre latejando algo submerso que fatalmente detonará.Talvez uma realidade mais próxima do orginário, menos humana, racional e civilizatória, beirando o caos. O limiar da quebra é sempre este agora. E a impressão de que esperamos mesmo essa quebra pela vida inteira. Numa preparação para a expiação. Numa noite silênciosa imersa no sonho.

2 comentários:

Cacau disse...

A vantagem de "quebrar" de vez é que a gente supera essa ansiedade constante de querer quebrar. Eu posso falar isso pq já "quebrei". Os meus cacos remendei com durepox.

Maíra disse...

E o calmo e sereno sempre parecem a espera pelo caos...