sábado, 28 de julho de 2007

Emergência do novo

Estamos carentes do novo. E nessa busca frenética por algo novo realmente grande que faça uma ruptura impactante, banalizamos o novo. É tudo uma novidade média. Digo isso porque parece que no contemporâneo a coisa já nasce querendo ser nova, reivindicando uma vanguarda. Mas suspeito dessas coisas que tem a ambição de já ser um James Joyce logo na sua primeira página. Antes do novo, antes da beleza, parece que a criação artística tem um compromisso com a verdade. E as vezes a verdade se repete, se sustenta, pede para ser exaurida. Temos mesmo que entrar nela como quem entra numa prisão para sairmos realmente livres. A busca pelo novo deve continuar, mas não com essa sede de já ser. Às vezes é brincando mesmo no repetido que se encontra um novo modo de ser.

5 comentários:

Anônimo disse...

rs.. isso que vc escreveu me fez lembras aquela musica do moska:" tudo novo de novo, vamos nos jogar onde jà caimos..." As vezes se jogar onde jà se caiu pode ser uma forma nova de refazer o jà feito anteriormente.
beijos Zezinho..

Cacau disse...

Estou com emergência de ler um post novo seu...

Anônimo disse...

...ou antigas novidades. "Se a história só se repete como farsa", vamos viver esse embuste novamente. Nem que seja para apreender. Hehe !

abraço irmão !

Maíra disse...

Sempre me incomoda isso da inauguração, da estréia, do ineditismo. Há tanto o que se fazer dentro do conhecido. Acho o talento maior o de recriar o comum.

Maíra disse...

A coragem de se submeter ao preexistente...